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TROCA DE MENSAGENS INDICAM QUE DALLAGNOL QUIS MANTER PLANILHA DA ODEBRECHT EM SIGILO

Redação - 24/06/2019 14:00

O coordenador da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, sugeriu ao delegado Márcio Anselmo, da Polícia Federal, que planilha sobre possível propina para políticos com foro privilegiado fosse anexada em inquérito sigiloso em Curitiba, segundo supostas mensagens publicadas pela Folha de S.Paulo e pelo site The Intercept Brasil. Tornada pública, a planilha teve de ser enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O diálogo teria ocorrido em 23 de março de 2016, um dia depois de se tornar público que o delegado havia inserido em um inquérito uma planilha apreendida na Odebrecht que listava supostos pagamentos de propina a políticos então com foro privilegiado. A ação da PF teria provocado a reação do então juiz e hoje ministro da Justiça, Sergio Moro, que teria dito que se tratava de “tremenda bola nas costas” da PF. Diante do fato, Moro dizia não ver alternativa a não ser enviar o processo que envolvia o publicitário João Santana ao STF.

Após as explicações de Dallagnol, Moro teria dito que achava o caso uma lambança e que não se podia cometer esse tipo de erro. Mais tarde, Dallagnol teria afirmado que ia tentar denunciar os acusados antes da remessa dos autos ao STF. Foi em seguida que Dallagnol teria dito ao delegado que o problema não havia sido juntar a planilha ao inquérito, mas juntá-la em inquérito público em vez de algum sob sigilo, sugerindo que, assim, ninguém veria o documento.

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