A Universidade Federal de Juiz de Fora vai estudar o fenômeno das vidas passadas. Para isso, a universidade lançou um chamado convocando em pessoas que acreditam ter memórias de supostas vidas passadas. Mais de 350 pessoas se inscreveram e responderam um formulário online detalhando a experiência e também sua biografia. O que os pesquisadores querem é uma “descrição bem detalhada” da suposta vivência anterior, como nomes, traços físicos, lugares e circunstâncias relacionadas à morte do “eu” passado. A pessoa ainda precisará responder se “tem chorado muito”, sofre com dor de cabeça ou má digestão, vê programas religiosos e pensa em Deus muito ou nada etc. A Universidade quer traçar um perfil amplo do brasileiro que evoca encarnações passadas.
Há casos clássicos como de uma menina chamada Thusita, de 8 anos, que nasceu no Sri Lanka que foi estudado em 1991 pela Universidade da Islândia. Desde pequena a menina falava como viveu —e morreu— numa cidade a 50 km da sua. Aos dois anos, segundo familiares, apresentou-se: “Eu sou de Akuressa, o nome do meu pai é Jeedin Nanayakkara”. E contou sua história: afogou-se após cair de uma ponte estreita. Tinha marido. Estava grávida. A família foi à cidade de Akuressa e localizou uma família Nanayakkara. Moravam perto de uma ponte para pedestres, e em 1973, uma nora caiu dela. Chandra Nanayakkara tinha 27 anos quando morreu. O professor anotou 28 afirmações de Thusita para ver quais batiam com a vida dela: 17 corretas, 7 falsas, 4 indeterminadas.
A maioria dos cientistas diz que o fenômeno é autossugestão, que seria a nossa própria mente querendo nos convencer de algo que já flanava pelo nosso subconsciente. A pesquisa será feita em parceria com a Universidade da Virgínia (EUA) e financiada pela portuguesa Fundação Bial —com histórico de investir em estudos sobre parapsicologia. Com informações da Folha de São Paulo.