Um estudo realizado pelo Ibope em março, após o primeiro decreto do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizou a posse de armas, aponta que 73% dos entrevistados são contrários à flexibilização do porte para cidadãos comuns e 26% são favoráveis, enquanto 1% não souberam ou não responderam. O direito ao porte é a autorização para transportar a arma fora de casa. Em relação à posse de armas, 61% dos entrevistados se dizem contrários à maior facilidade para ter uma arma em casa, enquanto 37% são favoráveis e 2% não souberam ou não responderam.
A região Sul é a que tem o maior número de apoiadores da flexibilização da posse (48%), enquanto no Nordeste há o menor contingente de apoiadores (33%). O afrouxamento da posse de armas tem maior apoio entre os homens (50%) do que entre as mulheres (27%). O mesmo acontece quanto ao porte, que é apoiado por 34% dos homens, contra 18% das mulheres. As regiões Norte e Centro-Oeste são as que mais concordam com a flexibilização do porte (34%), enquanto no Sudeste o índice de apoio é menor (22%).
A pesquisa diz ainda que 51% da população discorda da afirmação de que o aumento de pessoas armadas torna a sociedade mais segura. No caso do porte, 47% discordaram totalmente que carregar uma arma torna a pessoa mais segura, e outros 18% discordaram parcialmente. O Ibope entrevistou 2.002 pessoas em 143 municípios, entre 16 e 19 de março, antes de dois novos decretos editados pelo governo com foco no porte de armas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.