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PRÉVIA DA INFLAÇÃO FICA EM 0,35% EM MAIO, A MAIOR PARA O MÊS DESDE 2016, APONTA IBGE

Redação - 24/05/2019 09:47

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,35% em maio, a maior para o mês desde 2016, quando ficou em 0,86%, aponta o levantamento divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril, a alta havia sido de 0,72%. No ano, a inflação acumula alta de 2,27%. Já nos últimos 12 meses, o acumulado ficou em 4,93%, acima dos 4,71% e acima do centro da meta estabelecida pelo governo.

De acordo com o IBGE, a alta da inflação em maio foi puxada, principalmente, pelo aumento nos preços de remédios (2,03%) e da gasolina 3,29%. Dois nove grupos de produtos pesquisados, Saúde e cuidados pessoais e Transportes foram os que tiveram as maiores altas, respectivamente de 1,01% e 0,65%, ambos com impacto de 0,12 pontos percentuais sobre o índice geral. No grupo de Saúde e cuidados pessoais, também tiveram alta os planos de saúde (0,80%) e os artigos de higiene pessoal (0,62%), que também provocaram impacto relevante.

Já o grupo dos Transportes sofreu pressão também do etanol (4%). Em contrapartida, a queda nos preços das passagens aéreas (-21,78%) ajudaram a conter o índice. Depois de registrar alta de 0,92% em abril, o grupo de Alimentação e bebidas ficou estável (0,00%) em maio. Segundo o IBGE, embora a alimentação fora do domicílio tenha subido 0,48%, a alimentação no domicílio recuou 0,26%. As quedas mais notáveis foram do feijão-carioca (-11,55%), das frutas (-3,08%) e das carnes (-0,52%) e os principais alimentos em alta foram o tomate (13,08%) e a batata-inglesa (4,12%).

O grupo de alimentação e bebidas é o que tem maior peso no índice da inflação. Ele responde por cerca de 25% das despesas das famílias no Brasil. A meta central de inflação deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que está estacionada desde março do ano passado na mínima histórica de 6,5%.

Os analistas das instituições financeiras projetam uma inflação abaixo do centro da meta do governo, mas, nesta semana, elevaram a estimativa de 4,04% para 4,07% em 2019, conforme mostrou o último Boletim Focus. Para 2020, eles mantiveram a expectativa em 4%.

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