Por João Paulo Almeida
O governador Rui Costa disse ontem, na rádio Metrópole (veja aqui), que gostaria de discutir a chamada autonomia universitária. Citando a Universidade de Milão, Rui Costa disse que lá os conselhos universitários são compostos por membros da sociedade, enquanto aqui são conselhos corporativos compostos por professores e servidores. Rui também criticou a redução na jornada de trabalho para professores com dedicação exclusiva de 12 para 8 horas.
Em contato com o portal Bahia Econômica, a coordenadora da Associação de Docentes da Uneb (Aduneb), Ronalda Barreto, criticou a fala do governador e afirmou que ele não está expressando a verdade da pauta de reivindicação dos professores da Uneb que estão aparados a mais de um mês (veja aqui). Segundo Ronalda, já existe um projeto de mudança no estudo da universidade que visa inserir os movimentos sociais nas decisões universitárias.
“O governador não está falando corretamente nossa reivindicação. Ele questiona que os professores com dedicação exclusiva fiquem 12 horas em sala, porém esses professores tem projetos e atuam em comunidades carentes, comunidades quilombolas e viajam a Bahia intera. Esses professores tem projetos nessas comunidades e o que nós estamos questionando é que apenas aqueles professores que estiverem engajados nesses projetos fiquem 8 horas em salas de sala em vez de 12”, explicou a coordenadora.
Sobre a autonomia universitária, Ronalda diz que a universidade não irá tolerar que as decisões da entidade sejam abaladas. “A universidade precisa de autonomia para crescer. Nós não vamos aceitar interferência indevida no processo de decisão das nossas ações. O estatuto da Uneb já está sendo refeito e nós vamos inserir os movimentos sociais nas nossas decisões mas não vamos permitir que a autonomia seja abalada”, disse.
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