Em 2019, segundo os dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), a capital baiana tornou-se a primeira cidade do Norte-Nordeste e a oitava do Brasil com maior número de startups em atuação. Em 2017, Salvador era apenas a 18ª colocada no ranking nacional, atrás de Manaus, Recife e Fortaleza. Nesta época, a cidade contabilizava apenas 110 startups, número que em 2019 saltou para 198.
Para Eduardo Lobo, diretor da ABAStartups, esse crescimento representa um impacto positivo na economia de Salvador. “Antes estimava-se que cerca de 400 pessoas eram empregadas diretamente pelas startups baianas. Hoje esse número quase triplicou. Nosso ecossistema tem atingido bons resultados e ganhado relevância a nível nacional”, disse.
Nos dois últimos anos, as secretarias de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis), Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) e Gestão (Semge) têm promovido uma série de estímulos ao desenvolvimento de startups e negócios empreendedores na cidade.
Até agora, 6.421 pessoas já foram impactadas em 22 eventos da área apoiados ou realizados pela Secis. “A gente acredita que o incentivo é o caminho para estimular a economia da cidade de maneira sustentável e inovadora”, argumenta André Fraga, titular da pasta.
Incentivo – Cidade Inteligente, Cidade Resiliente, Cidade Sustentável e Cidade Conectada. Essas são as quatro chamadas temáticas realizadas em parceria com o Senai Cimatec, por meio do Edital de Inovação para a Indústria. No total, 16 startups foram beneficiadas e outras cinco serão selecionadas pela Chamada Cidade Conectada, cujas inscrições foram encerradas na quinta-feira (16).
Em todos os casos, as startups selecionadas têm 12 meses para desenvolver um projeto que apresente soluções inovadoras para os problemas da capital baiana. Trata-se de uma união entre o poder público, sociedade civil e a iniciativa privada, que tem tornado Salvador uma cidade atrativa para startups e empreendedores desenvolverem as suas ideias.