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POSSESSIVIDADE É O PRINCIPAL MOTIVO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Redação - 17/05/2019 11:32 - Atualizado 17/05/2019

O medo ainda é o principal motivo que impede muitas mulheres, vítimas de violência doméstica, a denunciarem seus agressores; e a maior causa do feminicido no Brasil, é o sentimento de posse dos homens. Foi o que apontou pesquisa realizada pela rede de escolas de informática Microcamp com suas alunas, o que corrobora outros estudos sobre o tema, e demonstra que apesar do avanço no respaldo às mulheres no Brasil, elas ainda se sentem ameaçadas.

“É lamentável que o medo ainda detenha as mulheres, porque a violência doméstica e familiar é o início e a ponta do icerberg é o feminicídio, um crime de ódio que deixa marcas profundas na alma” avalia o policial e advogado Paulo Adib, gerente de Inteligência e Segurança Institucional da Microcamp, que recentemente ministrou uma palestra para os colaboradoras da empresa e diante do resultado da pesquisa, deverá estender a apresentação para os alunos da rede.

A pesquisa foi feita entre os dias 4 e 7 de maio, em 29 cidades de cinco Estados brasileiros. Apesar de ser direcionada às mulheres, que representaram 90,9% (1547) das respostas, 8.6% de homens e 0,5% de pessoas que se declaram ter outa orientação sexual, fizeram questão de responder. No total foram ouvidas 1701 pessoas, a maioria (51,3%) com idade entre 10 e 15 anos, 37,6% (640) entre 16 a 20 anos e 11,1% (188) acima de 20 anos. Dos entrevistados, 50,6% têm Ensino médio, 37% Ensino Fundamental II, 7,5% Fundamental I, 6,7% Ensino superior e 2,9% Colégio Técnico.

Além do medo, citado por 70,7% dos entrevistados, o estudo apontou outros motivos pelo qual as mulheres aguentam tanto antes de tomarem alguma atitude: 17,3% acham que é por esperança de que a violência não vai se repetir, 8,6% acreditam que é porque as vítimas dependem financeiramente do agressor e 3,4% por vergonha. Entre os entrevistados, a maioria (91.3%) afirmou que nunca foi vítima de violência doméstica, contra 8,7% que disseram que sim. Das que admitiram ter sido vítimas, a maioria (17,8%) denunciou o agressor, enquanto 15,8% não reagiram e preferiram se calar, e 12,4% pediram ajuda a parentes, amigos ou vizinhos.

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