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ECONOMIA CAIU 0,1% NO 1º TRIMESTRE, APONTA MONITOR DO PIB DA FGV

Redação - 17/05/2019 09:06

A economia brasileira registrou retração de 0,1% no 1º trimestre, na comparação com o último trimestre do ano passado, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (17). Na comparação de março ante fevereiro, houve queda de 0,4%. O indicador se soma a outros que também apontam para uma expectativa de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos 3 primeiros meses do ano. Na quarta-feira (14), o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, uma espécie de “prévia” do PIB, indicou uma retração de 0,68% no primeiro trimestre.

Com série de dados ruins, analistas apontam para queda do PIB no 1º trimestre. Os dados oficiais sobre o desempenho do PIB serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) no próximo dia 30. Confirmada a expectativa de queda, poderá ser a primeira vez que a economia volta a ‘encolher’ desde 2016.

“O resultado do Monitor do PIB-FGV mostra o retorno da economia ao terreno negativo após oito trimestres de crescimento. Esse cenário é desanimador quando se constata que os oito trimestres anteriores não foram suficientes para estimular uma retomada significativa da economia após a recessão de 2014-2016. Esses números refletem a incerteza política e econômica que tem efeito direto nos investimentos e impactam a evolução da atividade econômica, principalmente, o setor industrial, comprometendo a retomada do emprego afetando o consumo das famílias”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.

Segundo a FGV, pela primeira vez, desde novembro de 2017, a taxa acumulada em 12 meses registrou variação menor do que 1% no acumulado até o primeiro trimestre. A pesquisa aponta que em março a retração ocorreu de maneira disseminada na maioria dos componentes do PIB. As únicas exceções foram as atividades de intermediação financeira (0,4%) e administração pública (0,3%). Já pela ótica da demanda houve crescimento apenas do consumo do governo (0,7%) e da importação (8,3%).

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