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SECRETÁRIO LAMENTA CANCELAMENTO DE EVENTO DA ONU EM SALVADOR

Redação - 15/05/2019 12:42 - Atualizado 15/05/2019

O secretário do Meio Ambiente, João Carlos Oliveira lamentou hoje o cancelamento do encontro regional da ONU sobre mudanças climáticas, a  Latin American & Carribbean Climate Week (LACCW), que aconteceria em Salvador, entre os dias 19 e 23 de agosto, na Arena Fonte Nova. “Sem o endosso do governo federal, as Nações Unidas não podem realizar eventos nos países. Em contato com os coordenadores da Climate, Luca Brusa e Maria Laura Vinuela, oferecemos o apoio do governo da Bahia, para que o evento fosse mantido, mas, infelizmente, não será possível, porque o estatuto da ONU impede que eventos sejam realizados nos países sem a chancela do governo central”, explica o secretário.

Segundo João Carlos, a recusa do governo federal não se justifica, já que não há necessidade de desembolso de recursos, porque a ONU arca completamente com os custos do evento. “A decisão do governo federal está em completo desalinho com o governo da Bahia que, inclusive, participava da organização do evento, através da Secretaria do Meio Ambiente”, informa.

Este é o segundo evento relacionado à questões ambientais que o governo federal desautoriza a realização em território nacional. Em novembro do ano passado, ainda como governo eleito, anunciou o cancelamento da Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas, a COP25, que seria sediada no Brasil, entre os dias 11 e 22 de novembro deste ano, alegando restrições fiscais e orçamentárias. Transferido para o Chile, o evento seria palco das negociações para a implementação do Acordo de Paris, que estabelece restrições, como desmatamento e redução da emissão de gases estufa.

Para o secretário, tais decisões vão na contramão das preocupações de todos os países signatários do Acordo de Paris. “Para além da implementação do acordo, essa política do novo governo prejudica bastante os estados brasileiros, que necessitam de alinhamento com os objetivos estratégicos da Agenda 2030, da ONU, inclusive para atrair investimentos estrangeiros ou manter parcerias estratégicas com outros países”, pondera.

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