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BANCO CENTRAL DIMINUI EXPECTATIVA PARA O PIB EM 2019

Redação - 14/05/2019 09:06

Ainda com clima de incerteza instalado no país, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) avaliou nesta terça-feira (14) que a economia brasileira vem crescendo num ritmo abaixo do esperado e que continua exposta a “incertezas” e que, por isso, precisa de mais tempo para decidir os “próximos passos da política monetária.”. A avaliação está na ata da mais recente reunião do Copom, que aconteceu na semana passada. Nela, o Banco Central decidiu, pela 9ª vez seguida, manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 6,5% ao ano.

“O Copom julga importante observar o comportamento da economia brasileira ao longo do tempo, livre dos efeitos remanescentes dos diversos choques a que foi submetida no ano passado e, em especial, com redução do grau de incerteza a que a economia brasileira continua exposta”, diz a ata. “O comitê considera que esta avaliação demanda tempo e não deverá ser concluída a curto prazo. O Copom ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, continua o texto.

Todos os anos o governo fixa metas de inflação que precisam ser perseguidas pelo Banco Central. Para este ano, a meta central de inflação é de 4,25%. O sistema, porém, prevê uma margem para cima e para baixo desse número, o que significa que o BC terá cumprido a meta caso a inflação oficial no ano varie fique dentro desse intervalo. Para 2019 ele vai de 2,75% a 5,75%.

A principal arma do Banco Central para atingir a meta de inflação é a taxa Selic. Se há indicativo de que a inflação ficará acima da meta, o BC eleva a Selic. A medida se reflete nos juros cobrados pelas instituições financeiras em geral e o crédito no país fica mais caro. O objetivo é fazer com que o consumo caia, o que leva a desaceleração da inflação. Entretanto, também afeta o crescimento da economia e gera desemprego. Por outro lado, se há indicativos de que a inflação está dentro da meta, o Banco Central pode baixar a taxa Selic. Mais uma vez, essa ação se reflete nos juros cobrados pelos bancos, que tendem a cair, estimulando a economia.

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