Há quatro anos, Marcelo Labarrere, resolveu dar uma guinada em sua vida e deixou o cargo de gerente geral em uma grande distribuidora de bebidas para ganhar a vida como mágico. Marcelo se apaixonou pela arte, trabalhou por um tempo de forma informal e enxergou a possibilidade de fazer seu empreendimento crescer em eventos corporativos. Hoje, tem agenda cheia e faz, em média, 18 apresentações por mês. Apenas em uma semana do mês de maio, rodou 2.500 km fazendo seu show por Minas Gerais.
Tudo começou no aniversário de um ano de sua filha. Ao contratar um mágico para animar a festa, tomou um susto com o valor cobrado e decidiu ele mesmo aprender o ofício para não ter o gasto nas comemorações seguintes. No processo, conheceu o maior fabricante de equipamentos de mágica do país e começou a investir dinheiro nas suas apresentações e, consequentemente, a chamar atenção. Após dois anos como amador, em 2012, ingressou no Centro Cultura de Artes Mágicas (Cecam), em Belo Horizonte, e se sentiu confiante para vender seu show para festas e eventos.
Durante esse processo, tocou simultaneamente três projetos: a mágica, o trabalho como gerente geral, além de um empreendimento com uma distribuidora de cosméticos. Em 2015, sofreu com o corte de funcionários na empresa em que trabalhava e foi demitido. “Foi o empurrão que eu precisava. Coloquei o empreendimento com cosméticos como plano A e a mágica como plano B. Hoje em dia, a mágica é o meu plano A”, conta. Marcelo lembra que se tornar autônomo foi complicado, já que a sua família não aceitou bem a mudança com receio da instabilidade, mas formalizar o empreendimento foi fundamental para diminuir os riscos e passar mais credibilidade. “Me tornei MEI em 2013. Hoje em dia, os micro e pequenos negócios geram muita renda e temos vários empreendedores por necessidade. Então, o papel do Sebrae para auxiliar é primordial”.
Em 2017, o empresário e mágico tirou do papel uma ideia antiga e construiu um caminhão-palco para shows itinerantes. “Com o meu projeto, posso levar a mágica para qualquer lugar. Se a empresa que me contrata para participar do evento corporativo não possui um espaço em que caibam todos os funcionários, eu levo o meu caminhão-palco e resolvemos o restante de forma mais simples”.