O tom de cautela é o que dita o comportamento do câmbio no último pregão desta semana. Nesta sexta, o dólar comercial opera com alta de 0,17%, aos R$ 3,961. O que mais influencia o mercado é o cenário externo, em especial os desdobramentos a respeito da guerra comercial entre Estados Unidos e China .
As ameaças de Donald Trump se concretizaram, e Washington aumentou as tarifas de importação de 10% para 25% sobre US$ 200 bilhões em produtos do gigante asiático. O que contribui para que o câmbio não fique ainda mais pressionado, e consequentemente o dólar suba, é a reunião ainda em curso entre O vice-premiê chinês, Liu He; o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer; e o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin.
Na véspera, eles conversaram por cerca de 1h30m e devem retomar os esforços nesta sexta para resgatar um acordo que pode dar fim a dez meses de guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Mesmo com o novo pacote de tarifas em vigor, os investidores ainda consideram possível um acordo entre as duas potências. A prova deste otimismo foi vista no fechamento do mercado asiático desta sexta. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 3,63%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,84%.