O maior acesso à internet, a entrada de um novo perfil de consumidores no mercado e a expansão de dispositivos móveis inteligentes tornaram o Brasil um dos países que registra as maiores taxas de crescimento em e-commerce no mundo. O comércio eletrônico registrou uma expansão em 2018, com faturamento de R$53,2 bilhões, o que representou um crescimento nominal de 12%, na comparação com 2017. Foram 123 milhões de pedidos realizados pelos canais online, 10% a mais do que no ano anterior. A informação é da Ebit|Nielsen, referência em informações sobre o e-commerce brasileiro. Para 2019, a expectativa é de expansão de 15%, com vendas previstas de R$ 61,2 bilhões. O volume de pedidos deve ser 12% maior (137 milhões), e o tíquete médio (valor médio das compras) deve ser de R$ 447, o que representa um aumento de 3% em relação ao ano passado.
De acordo com a última Pesquisa Nacional do Varejo Online, realizada pelo Sebrae em 2016, 90% das empresas que vendem exclusivamente pela internet são de pequeno porte. O levantamento também constatou que 53% dos negócios do setor do Comércio ainda não possuíam uma loja física. Contudo, a boa perspectiva de ampliar as vendas e reduzir custos eram apontados como fatores determinantes para atrair um número cada vez maior de empreendedores para atuarem nesse canal de vendas. Entre os donos de negócios que nunca tiveram e-commerce, 59% pretendiam investir na plataforma online nos anos seguintes.
Para entrar no mercado com o pé direito ou expandir suas vendas, confira abaixo cinco dicas do Sebrae.
Conheça o mercado digital: Vender em loja física é muito diferente de vender em uma loja online. Uma das diferenças mais significativas diz respeito ao preço do seu produto. Você, certamente, sabe quanto custa o seu produto, mas, na internet existem outros aspectos que devem ser levados em conta, por exemplo: o custo de hospedagem do site, a taxa cobrada pela plataforma de pagamento que você escolher, o prazo para que esse recurso entre na sua conta, o custo da transportadora, entre outros. Isso não significa que vender pela internet seja mais caro que ter uma loja física, apenas que são dinâmicas e custo diferentes.
Organize o site: Você não precisa contratar uma superequipe de especialistas em tecnologia pra colocar o seu site no ar. Existem plataformas prontas que podem ser o seu passaporte para o mundo online, onde você pode montar o seu site de forma bem intuitiva: alterando o padrão de cores, escolhendo as fotos, etc. Essa é uma ótima forma de começar. Ainda falando sobre organização de site, lembre-se que uma boa página é aquela que vende. Cuidado com opiniões de outras pessoas que não são seus clientes ou que nunca venderam na internet.
Conheça seu cliente: Uma grande vantagem de vender pela internet, é poder conhecer o seu consumidor um pouco melhor sem ter que fazer uma bateria de pesquisas. No Google você pode descobrir quantas pessoas buscam por uma palavra relativa ao seu negócio. Outra forma de entender melhor o seu cliente é olhar os sites e redes sociais dos seus concorrentes. Se no seu ramo houver alguma outra loja ou marca que já comercialize na internet há muito tempo, verifique o que os consumidores dessas empresas estão comentando na internet. Isso vai te ajudar a entender melhor a cabeça desse consumidor. Ponto de atenção: não copie e cole o site ou as referências da sua concorrência, porque isso fica perceptível, além de ser antiético.
Desenvolva estratégias de marketing: O grande diferencial de anunciar na internet é gastar dinheiro com anúncio que vale a pena. Você pode testar diferentes textos e formatos de anúncio e verificar quais são os que chamam mais atenção e, consequentemente, geram maior fluxo de navegação no seu site. Numa divulgação impressa, no jornal do bairro por exemplo, isso não é possível.
Entenda sobre logística no e-commerce: Sobre logística de um e-commerce tem características bem específicas. Por exemplo, o cliente não vai até a sua loja, ele espera receber o produto no conforto do seu lar, então você vai depender de uma transportadora, por exemplo. A boa notícia boa é que você pode testar essa logística antes de investir nessa ação. Existem lugares na internet onde você pode anunciar e vender o seu produto, os chamados marketplaces (ou “locais de comércio”). A grande maioria deles são gratuitos, como o Mercado Azul do Sebrae. Escolha um desses makertplaces, faça descrição do seu produto, publique as fotos e faça algumas vendas para testar a logística do seu negócio.