O líder do Movimento Brasil Livre Bahia (BA), Siqueira Costa Júnior, está sendo processado pelo vereador Henrique Carballal (PV) após publicar um vídeo polêmico nas redes sociais do grupo. O processo corre em segredo de justiça, mas foi confirmado com exclusividade pela Tribuna por ambas as partes. Na gravação feita em formato de câmera escondida em setembro de 2018, o ativista questiona o edil – que na época ainda era líder de governo na Câmara Municipal de Salvador – a respeito da regulamentação de aplicativos como Uber e 99pop na capital baiana. O vídeo editado traz, durante a fala de Carballal, a frase na legenda “políticos fazem de tudo para enrolar a população” e também insere a imagem do boneco Pinóquio (personagem dos clássicos infantis que crescia o nariz quando mentia).
“O vereador Henrique Carballal está me processando porque eu gravei um vídeo com ele no mês de novembro questionando sobre a aprovação da regulamentação dos motoristas de aplicativo em Salvador. Estava o vereador com seu advogado na oportunidade ele tentou me convencer que a regulamentação dos motoristas de aplicativo poderia ser igual a uma regulamentação feita pela concessão da prefeitura através de táxi”, explica Siqueira.
A defesa de Carballal entrou com um pedido de liminar, pleiteando “a retirada de todas as mídias virtuais que veiculem informações ofensivas a ele, impedimento de publicar conteúdo sobre a vida pessoal do edil, informações inverídicas e ofensivas sobre sua postura política e profissional”. Uma audiência entre as partes está confirmada para o dia 12 de junho. O vereador pede indenização de danos morais de R$ 38 mil e danos materiais de R$ 939,02.
Procurado pela Tribuna, Carballal dá a sua versão para o caso. “Primeiro que esse movimento demonstra que não tem nenhum compromisso com a verdade. Eles fizeram um vídeo, manipularam o vídeo… se eles colocassem todo o vídeo, tudo o que foi dialogado, mas colocaram microfone e câmera escondidas, como um grupelho terrorista, fascista, que busca distorcer a verdade. Em nenhum momento eles colocam o que eu pontuei”, detalha.
“Estamos acionando eles na Justiça e por danos materiais. Inclusive, ele denunciei aqui na Casa. Ele é assessor de um vereador e se coloca como defensor de uma lógica em que o Estado não deve financiar movimentos políticos ele, que não faz nada a não ser atividades políticas com esse grupelho, recebe recursos da Câmara para, inclusive, atacar vereadores dessa Casa, o que é uma imensa contradição”, continua o edil. “Espero que haja rapidez para uma solução sobre isso”, espera Carballal.(TB)
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