Em abril, a expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes subiu 0,2 ponto percentual em relação a março, para 5,3%, acumulando 0,4 ponto percentual nos últimos dois meses. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve crescimento de 0,3 ponto percentual. “Apesar da desaceleração dos preços de alimentos em abril, compensando o choque recente, há uma pressão de preços de energia elétrica e medicamentos que influenciam não apenas a percepção atual do consumidor, mas alteram ligeiramente suas perspectivas para os próximos meses. A expectativas dos especialistas, contudo, segue em direção contrária, considerando o nível de ociosidade da economia”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor, da FGV/IBRE.
Analisando a frequência da inflação prevista por faixas, a parcela dos consumidores que projetam valores entre os limites de tolerância da meta de inflação para 2019, de 4,25%, diminuiu de 58,3% em março para 57,7% em abril, enquanto que a proporção de consumidores projetando valores abaixo do limite inferior (2,75%) caiu 0,8 ponto percentual, para 4,0%. A parcela dos que esperam uma inflação acima do limite superior (5,75%) aumentou de 36,9% para 38,3%. Na análise por faixas de renda, houve aumento da expectativa de inflação em todos os níveis no mês de abril. As famílias com renda superior a R$ 9.600,00 apresentaram a maior alta em pontos percentuais após três meses de estabilidade, variando 0,4 ponto percentual em relação a março desse ano.