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ATACADO DISTRIBUIDOR CRESCE 0,8% E FATURA R$ 261,8 BILHÕES EM 2018

Redação - 23/04/2019 13:35

Os resultados da pesquisa do Ranking ABAD/Nielsen 2019 – ano base 2018, realizada pela ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores em parceria com a consultoria Nielsen, traz os principais números do setor atacadista e distribuidor brasileiro em 2018. Segundo o estudo anual, que chega à sua 25ª edição, o setor faturou R$ 261,8 bilhões em 2018, a preço de varejo, movimentando 53,6% do mercado mercearil brasileiro, que no ano passado atingiu R$ 488,7 bilhões. A participação de mercado manteve-se estável em relação ao Ranking anterior e permanece superior a 50% pelo 15º ano consecutivo.

As 666 empresas que neste ano responderam ao questionário do Ranking somam um faturamento de 88 bilhões de reais (110 bilhões a preço de varejo), compondo uma amostra que equivale a 42% do faturamento do setor. Essas empresas forneceram as informações que ajudaram a traçar o perfil do atacado distribuidor brasileiro em aspectos como gestão, intenção de investimentos e expectativas para 2019.

O crescimento do setor, em faturamento, foi de 0,8% nominal e relação a 2017. Já o dado deflacionado, isto é, considerando a inflação oficial de 2018 (IPCA de 3,75%), mostra uma retração de -2,95%. Para o professor Nelson Barrizzelli, coordenador de projetos da FIA – Fundação Instituto de Administração e responsável pelas análises do Ranking ABAD/Nielsen, credita esse resultado a fatores que influenciaram todo o desempenho da economia em 2018, como a greve dos caminhoneiros, no primeiro semestre, e a turbulência política trazida pelas eleições de outubro.

Para Emerson Destro, presidente da ABAD, depois de duas quedas consecutivas do PIB, em 2015 e 2016, os resultados modestos de 2017 e 2018 têm o aspecto positivo de mostrar que a economia parou de andar para trás e começa a reagir, ainda que timidamente. “Embora nossas expectativas de crescimento não tenham se realizado em 2018, nós acreditamos que 2019 traga um cenário mais favorável que impulsione a retomada econômica.

Se o governo conseguir dar andamento às medidas mais urgentes para o país, como a nova previdência e a reforma tributária, certamente a resposta dos investidores e setores produtivos não tardará. Nesse caso, com o retorno dos investimentos e aumento da renda, será possível pensar em um crescimento para o setor de até 2% no ano, alinhado com o crescimento do PIB”, avalia.

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