Um total de 4.669 obras que integravam o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estavam paralisadas em junho de 2018, aponta uma pesquisa encomendada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Segundo o levantamento, do total de obras paradas do PAC, 1.709 são de unidades básicas de saúde (UBS) e 969 de creches e pré-escolas.
O PAC foi criado durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) para alavancar investimentos em obras consideradas fundamentais em infraestrutura logística, infraestrutura energética e infraestrutura social e urbana. O carimbo do PAC assegurava prioridade aos empreendimentos. A iniciativa do governo petista teve prosseguimento na gestão da presidente Dilma Rousseff, mas foi praticamente paralisada quando Michel Temer assumiu o comando do Palácio do Planalto.
O levantamento da Cbic e do Senai também identificou que entre as principais causas da paralisação das obras do PAC estão problemas com o projeto de engenharia, pendência operacional – como atraso em pagamentos e na prestação de contas – e falhas na licitação.