O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que trabalhará pela reforma da Previdência, mas que não vai ficar no meio da articulação do governo para aprovar a proposta, uma vez que apanhou bastante e não é mulher de malandro para gostar disso. Maia lamentou, mas afirmou que respeita a articulação política de Bolsonaro.
“O presidente da Câmara coordena 512 deputados, todos iguais. Eu recebo na residência da Câmara 50, 60 deputados. É diferente ser presidente da Câmara e presidente da República no sistema presidencialista. Só não vou ficar no meio dessa briga levando pancada da base do presidente. Não vou ser mulher de malandro, de ficar apanhando e achando bom”, disse Maia.
Segundo O Globo, ele afirmou que é irrelevante discussões hoje de quantos votos o governo tem e a data em que vai ser votado. Para Maia, o importante é alcançar os 308 votos necessários e aprovar uma proposta que garanta uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos. “Não falo mais de prazo e nem de voto. Isso atrapalha. O governo dizer que tem 200 votos hoje não faz a menor diferença. Precisa ter 308. E a data é irrelevante. O importante é a economia. O relevante é que a gente consiga R$ 1 trilhão. Infelizmente, quis o governo uma forma de articulação que eu respeito”, afirmou Maia.