FALTAM TALENTOS PARA TRADUZIR DADOS EM INFORMAÇÕES, DIZ PWC

As organizações estão enfrentando dificuldades em transformar dados em informações. Isso é o que mostra a 22ª Pesquisa Global com CEOs da PwC (22st Annual Global CEO Survey). A pesquisa revela que existe uma lacuna – “gap” – entre os dados que os CEOs recebem e o quanto eles são compreensíveis, especialmente em se tratando de questões relacionadas a necessidades do consumidor. Segundo a pesquisa, com exceção de previsões financeiras, menos de um terço dos líderes empresariais avaliam que dados considerados como críticos ou importantes são suficientemente compreendidos. Eles reconhecem que a causa não está na falta de dados – que na verdade tem crescido consideravelmente – e sim na habilidade necessária para usar as informações que possuem de forma a realizar decisões eficientes. Além da falta de talentos analíticos, apontada por 54% dos CEOs entre os principais motivos para a inadequação das informações, entram na lista os ‘data silos’ – dados não integrados aos demais sistemas da empresa – considerados como problema em 51% das vezes, e a baixa confiabilidade dos dados (50%).

Essas questões se tornam particularmente problemáticas em tópicos como dados sobre necessidades do consumidor, conteúdo apontado por 94% dos CEOs como valioso e ao mesmo tempo indicado por apenas 15% dessas lideranças como visto de forma abrangente. Já projeções financeiras são importantes para 92% dos gestores, mas somente 41% utilizam esses dados de forma efetiva na tomada de decisões. Os CEOs afirmaram que a lacuna existente em habilidades técnicas tem afetado o crescimento das empresas. O impacto em primeiro lugar observado por 55% dos participantes da pesquisa é a ‘dificuldade em inovar de forma efetiva’, seguida por ‘custos mais altos do que o esperado em recursos humanos’ (52%). Para diminuir essa diferença, pontos como investimentos em qualificação dos funcionários (58%) seguido por contratações de equipe externa (13%) estão no topo das soluções apresentadas pelos CEOs na América Latina. Resolver essas questões se torna essencial numa realidade em que 46% dos líderes da região concordam que a Inteligência Artificial (I.A.) vai ter um maior impacto no mundo do que a revolução proporcionada pela internet.