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VIOLÊNCIA CONTRA JORNALISTAS AVANÇOU NO PAÍS EM ANO ELEITORAL

Redação - 21/02/2019 15:24 - Atualizado 21/02/2019

O número de jornalistas assassinados e alvos de violência aumentou no último ano. Segundo o relatório da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), lançado nesta quarta-feira (20) em Brasília, foram três assassinatos em 2018, dois a mais do que no ano anterior.

Casos de atentados, agressões, ameaças e ofensas, categorizados como violência não letal, tiveram aumento de 50% em relação aos 76 casos registrados em 2017. A associação contabilizou 114 registros envolvendo pelo menos 165 profissionais e veículos de comunicação no ano passado.

As agressões físicas são as mais recorrentes –representam 34% dos casos. O relatório aponta que os profissionais de TV foram as principais vítimas entre os 54 comunicadores agredidos, e que 72% dos casos estão nas regiões Sul e Sudeste do país. São Paulo contabiliza 12 casos, o maior número entre os estados. O Norte é a única região em que não houve registro de agressão.

A pesquisa mostra que, durante as coberturas de rua, jornalistas tiveram que lidar com gritos e palavras de ordem. Foram registradas 15 intimidações contra pelo menos 23 jornalistas, um aumento de 275% em relação a 2017 –o relatório aponta, no entanto, que categoria ainda é subnotificada segundo a pesquisa.

O relatório de 2018 da Abert é o primeiro com um capítulo à parte para os crimes virtuais. Entre os onze casos de ameaças, ofensas e ataques digitais está o da repórter da Folha Patrícia Campos Mello. A repórter sofreu ofensas depois da publicação de reportagem que mostrava que empresários bancaram envios em massa de mensagens anti-PT pelo WhatsApp.

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