O procurador Roberson Pozzobon declarou hoje (19), em entrevista coletiva, que o “bunker” de dinheiro de Paulo Vieira de Souza, preso na 60ª fase da Operação Lava Jato, tinha o dobro de dinheiro do que o que havia no apartamento usado por Geddel Vieira Lima para armazenar dinheiro de propina. De acordo com informações do Ministério Público Federal (MPF), o operador tinha cerca de R$ 100 milhões em espécie em dois apartamentos em São Paulo.
Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, é ligado ao PSDB e foi preso preventivamente em São Paulo. Agentes da Polícia Federal também cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-senador tucano Aloysio Nunes Ferreira Filho, suspeito de receber propina da Odebrecht.
O relato sobre o bunker foi feito à Lava Jato pelo empresário Adir Assad, que operava propina para a empreiteira Odebrecht e fez acordo de delação premiada com a força-tarefa. Ainda segundo o delator, o apartamento, usado exclusivamente para armazenar valores, era tão cheio de dinheiro que Paulo Preto eventualmente colocava as notas ao sol, para que não mofassem. O imóvel pertenceria à cunhada do operador.
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