Carnaval é sinônimo de confete para todo lado. O problema é que o artefato feito de papel demora de três a seis meses para se descompor, polui as águas e, se jogado nas ruas, pode entupir os bueiros e redes de esgoto. Com intuito de preservar o meio ambiente, a Empresa Sotero, prestadora de serviços da Limpurb, criou confetes naturais feitos de folha secas e máscaras produzidas com material reciclado.
Tão coloridos quanto os de papel, os confetes naturais são baratos, fáceis de fazer e não impactam negativamente o meio ambiente. São feitos de folhas secas caídas das árvores. No departamento de Educação Ambiental da Sotero, 15 agentes ambientais e seis estagiários dão conta da produção dos artigos carnavalescos. As folhas são furadas em perfuradores de papel. O resultado é parecido com o confete industrializado. As bolinhas verdes, amarelas e marrons, a depender da cor da folha, são acondicionadas em pequenos pacotes feitos de páginas de revistas.
Do lado de fora da embalagem, a mensagem reforça o teor do conteúdo. “Neste Carnaval, faça seu confete biodegradável com folhas de árvores recém-caídas. Seja sustentável”. Mais de 200 pacotes já foram distribuídos entre setores que agregam mais de dois mil colaboradores. Segundo a gestora de Educação Ambiental da empresa, Camila Guerra, o projeto foi pensado com intuito de sensibilizar os colaboradores e, a partir deles, criar multiplicadores. “O melhor é que qualquer pessoa pode fazer em casa. O processo de produção, inclusive, pode envolver as crianças. Basta furar folhas”, diz.