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SE BB FOSSE PRIVATIZADO SERIA MAIS EFICIENTE, DIZ PRESIDENTE DO BB

Redação - 14/02/2019 17:24 - Atualizado 14/02/2019

O Banco do Brasil não venderá ativos a qualquer preço na sua política de desinvestimentos de negócios que não sejam do core business da instituição, de acordo o presidente do BB, Rubem Novaes. “Não temos valor preciso dos desinvestimentos”, disse ele, sem dar mais detalhes. O foco do banco, conforme ele é fazer a abertura de capital ou identificar parceiros estratégicos para as áreas de gestão de recursos (asset) e de banco de investimento.

O martelo ainda não estaria batido. Segundo Novaes, ambas as estratégias não significam a divisão de receitas dessas áreas, mas maximizar o valor do banco e criar, com um parceiro, por exemplo, um bolo maior de ganhos para a instituição. Na área de banco de banco de investimento, conforme o vice-presidente de negócios de atacado do BB, Márcio Hamilton, o banco tem um horizonte de 30 operações de renda fixa local, num total de R$ 7,5 bilhões.

Sobre a BB Seguridade, holding que concentra os negócios de seguros do banco, o presidente do BB disse que a companhia não está na lista de desinvestimentos do banco como colocou o secretário de desestatização, Salim Mattar, responsável por tocar a agenda de privatizações do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Quando quiserem saber sobre o banco falem com o presidente do Banco do Brasil”, retrucou Novaes. Na área de investimentos, o banco está, conforme o vice-presidente de negócios de varejo, estudando opções como, por exemplo, a abertura de uma corretora de valores, um parceiro, mas que não está nada fechado.

O presidente do Banco do Brasil afirmou que, se a instituição fosse privatizada, com a equipe que possui, teria melhores resultados que os atuais. Ponderou, contudo, que a instituição tem capacidade de encostar nos seus pares privados, principalmente, sob o ponto de vista de rentabilidade, uma vez que consegue preencher essa lacuna com os profissionais que atuam no banco.

“Se o BB fosse privatizado, seria mais eficiente e ganhariam todos. Mas não é essa política do governo (de Jair Bolsonaro) de privatizar o banco. Espero que um dia se chegue a essa conclusão de privatizar o banco e que o País um dia esteja preparado para isso”, disse ele, em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira, 14, na sede do banco. Novaes reafirmou que sua gestão está focada em maximizar o valor do BB. Segundo ele, o banco tem entraves à medida que não dispõe da mesma liberdade que privados para tomar certas atitudes. “É possível ter retorno no patamar dos bancos privados, mas somos públicos”, avaliou o presidente do BB.

(Revista Exame)

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