O acordo para o Brexit, proposto pela primeira-ministra Theresa May, rejeitado hoje (15), pelo parlamento britãnico. Foram 432 votos contra e 202 a favor. Ela terá agora três dias para apresentar um plano B para que os parlamentares analisem.
Não bastasse o revés, logo após o anúncio do resultado, o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, anunciou que seu partido estava apresentando uma moção de desconfiança contra a premiê. O dispositivo pode, inclusive, promover a queda de May do cargo. A moção deverá ser discutida na quarta-feira e sua justificativa é que ela não conseguiu produzir um acordo aprovado pela maioria do Parlamento.
May já foi alvo de moção semelhante apresentada por seu próprio partido, o Conservador, em dezembro. Na ocasião ela venceu a votação e foi mantida no cargo. O texto apresentado por May havia sido aprovado pela União Europeia em novembro do ano passado. Segundo a premiê, o bloco descarta discutir os termos e não deve aceitar a discussão de um novo acordo.
Antes da votação, ao defender sua proposta, May afirmou que uma rejeição significaria um Brexit sem acordo. E que “uma saída sem acordo significaria nenhuma parceria de segurança com a União Europeia”.
Nem mesmo os assessores mais próximos sabem sobre como seria o suposto plano B da primeira-ministra – ou mesmo se ele existe – já que ela insistiu até o último minuto que o plano em votação nesta terça era o ideal para o Reino Unido e deveria ser aprovado. Ela se recusou a discutir opções sempre que foi questionada sobre o assunto.