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OTTO CRITICA MEIRELLES E DIZ QUE OPOSIÇÃO VAI SE FORTALECER CONTRA BOLSONARO

Redação - 15/01/2019 09:03 - Atualizado 15/01/2019

O senador Otto Alencar (PSD) comentou, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (14), as conversas acerca da proposta de reforma da previdência, iniciada no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) e que já ganham continuidade no mandato recém-iniciado do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo ele, é preciso deixar bem clara as diferenças entre o tempo de contribuição do servidor público e daqueles da iniciativa privada.  “Um pedreiro, um trabalhador rural contribuir por 49 anos? Não dá. O Meirelles [Henrique, ex-ministro da Fazenda] vive num mundo diferente do mundo do trabalhador”, pontuou.

Otto afirma que Temer teve a oportunidade de aprovar a “reforma fatiada”, com mudança apenas no aumento de contribuição do trabalhador. A alteração, garante, teria sido aprovada com facilidade no Congresso. “Eles quiseram fazer uma reforma profunda, mas não tinha voto pra isso. É preciso ter pragmatismo e mandar uma letra de lei compatível com a realidade do servidor público e o da iniciativa privada”, sintetizou.

O senador ressaltou ainda que, apesar de ter sido contrário ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), tem consciência de que Bolsonaro recebeu o cargo com menos problemas do que Michel Temer, quando herdou a faixa da petista: “Pelo menos agora está com o dólar controlado, com o PIB crescendo, o desemprego melhorou, mas pode melhor mais”.

O senador Otto Alencar (PSD) afirmou que, mesmo contrário a algumas ideias do presidente, não irá “fazer oposição irresponsável” a Jair Bolsonaro (PSL). Otto relembrou o que chama de “perseguição” que o Governo da Bahia sofreu do ex-presidente Michel Temer (MDB). O emedebista segurou um empréstimo de R$ 600 milhões do Banco do Brasil que já haviam sido prometidos ao estado. À época, Otto acusou os parlamentares do DEM de pressionarem o presidente para barrar a liberação do recurso. Caso a situação se repita no mandato atual, o senador não mediu palavras: ‘Vamos reagir como reagimos frente a Temer”.

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