Dados do Conselho Nacional de Justiça colocam a Bahia na 4ª posição entre os nove estados do Nordeste em número de procurados. “Autor de latrocínio contra assessor da Prodeb é preso em Santa Catarina”, “Noivo é preso uma semana antes do casamento por ligação com facção”, “Líder do BDM na Bahia é capturado em São Paulo”, e “Empresário é preso em Salvador por sonegação de impostos”. Apesar das manchetes do CORREIO atestarem os esforços da polícia para prender os criminosos, a Bahia ainda tem quase 8 mil mandados de prisão em aberto. O número equivale à população inteira do município de Nova Fátima. No Brasil, são 294 mil pessoas nesta situação.
Os dados são do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e colocam a Bahia na 4ª posição entre os nove estados do Nordeste em número de procurados, atrás do Ceará (15.003), Pernambuco (11.350) e Maranhão (8.958). Na comparação nacional, o estado fica no 14º posto no ranking. Em abril deste ano, Cléber Santos da Silva, 36 anos, estava fazendo os últimos preparativos para o próprio casamento que seria realizado na semana seguinte, mas precisou adiar os planos. Por volta das 6h, ele levou um susto ao abrir a porta do apartamento em que morava, no Morumbi, em São Paulo, e dar de cara com investigadores da Polícia Civil da Bahia.
Segundo os investigadores, ele e outro preso no mesmo condomínio lideravam um braço da facção Bonde do Maluco (BDM) e estavam foragidos do Complexo Penitenciário da Mata Escura. Até o dia 7 de dezembro, 7.947 pessoas eram consideradas fugitivos ou foragido (aquele que já foi preso) por suspeita de cometerem crimes na Bahia. Em 2011, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) criou o Baralho do Crime, uma ferramenta que reúne os 52 criminosos mais perigosos do estado que ainda estão à solta. A intenção é contar com a ajuda da população para reduzir esse número.
As cartas registram os nomes, os apelidos com que os bandidos são conhecidos, os crimes pelos quais eles respondem e as regiões do estado em que atuam. O material fica disponível no site do Disque Denúncia e quem tiver informações sobre o paradeiro dos criminosos pode ajudar a polícia através do (71) 3235-0000 ou 181. O sigilo é garantido.