Está cada vez mais arriscado pegar uma praia em Salvador. Um levantamento feito pelo Jornal da Metrópole com base nos boletins semanais divulgados pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) aponta que, em 2018, as praias de Stella Maris, do Flamengo, Porto da Barra e Buracão fizeram jus à fama de principais destinos para quem quer curtir um banho de mar em terras soteropolitanas. Elas estão entre as que mais foram consideradas próprias para banho pelo órgão, que analisa a balneabilidade de 36 trechos na capital baiana.
As praias de Stella Maris e do Flamengo se destacam em todas as 52 semanas em que o levantamento foi realizado. Já os trechos do Porto da Barra e Buracão ficaram impróprios para banho em apenas uma e duas semanas, respectivamente. No Subúrbio Ferroviário, a praia de São Tomé de Paripe também teve bom resultado e se manteve própria por 48 semanas. O trecho representa um ponto fora da curva na região, que teve índices de balneabilidade medianos. Um dos piores resultados foi o da praia de Periperi, que só esteve própria para banho uma vez em todo o ano de 2018. Mas ela ainda fica atrás de três trechos já considerados célebres pela má qualidade das águas: Armação, Boca do Rio e Patamares, que se mantiveram impróprios em todas as 52 semanas monitoradas.
Para o diretor de águas do Inema, Eduardo Topázio, os problemas de balneabilidade estão ligados às redes de esgoto e saneamento básico de toda a cidade. No caso da praia de Periperi, o principal motivo é a ocupação desordenada da região. “É a conurbação. Ali tem muito canal de drenagem pluvial que praticamente virou canal de esgoto. E também tem o rio Paraguari, que é muito contaminado”, analisa. O dirigente considera que, embora toda a região da Cidade Baixa esteja em situação “crítica”, a praia de São Tomé de Paripe é exceção por estar distante de canais e rios que possuem grau de contaminação da água.
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