Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, seis tiveram quedas em dezembro, na Região Metropolitana de Salvador. Com o maior recuo, os gastos com Transportes (-1,79%) tiveram sua segunda queda seguida e foram os que mais puxaram a prévia da inflação do último mês do ano para baixo, na RMS. A variação negativa do grupo foi fortemente influenciada pelos combustíveis (-8,08%). A gasolina (-8,90%) foi o item que individualmente mais contribuiu no sentido de conter a prévia da inflação de dezembro, em Salvador. O etanol (-7,27%) e o diesel (-2,83%) também mostraram retrações, enquanto o gás veicular teve variação positiva (0,05%).
Também mostrando a segunda deflação seguida, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (-1,02%) exerceu a segunda principal contribuição para baixo no IPCA-15 de dezembro, na RMS, sobretudo em razão das quedas em itens de higiene pessoal (-5,46%) como perfumes (-9,43%) e produto para pele (-11,89%). Outra influência individual importante em dezembro veio da energia elétrica residencial (-5,12%). Ela caiu pelo terceiro mês consecutivo, reduzindo sua pressão inflacionária no ano, embora ainda fechando 2018 com um aumento de 10,59%. Em dezembro, na RMS, a deflação pelo IPCA-15 só não foi maior principalmente em razão do aumento médio dos preços do grupo Alimentação e Bebidas (1,12%), que exerceu a principal pressão de alta no índice do mês.
Os alimentos tiveram em dezembro seu terceiro aumento seguido no IPCA-15, com altas tanto naqueles consumidos no próprio domicílio (1,46%) quanto na alimentação fora de casa (0,40%). Produtos importantes no dia a dia das famílias aumentaram muito em dezembro, a exemplo da cebola (60,56%), do tomate (24,61%) e da batata-inglesa (27,90%). O tomate e a cebola foram, nessa ordem, os itens com os maiores aumentos de preço no ano de 2018, segundo o IPCA-15 (66,57% e 43,36%, respectivamente). Além dos produtos alimentícios, as passagens aéreas também tiveram alta importante em dezembro(33,53%) e exerceram a principal pressão inflacionária individual no IPCA-15 do mês, na Região Metropolitana. No ano de 2018, elas ficaram com o terceiro maior aumento acumulado (25,58%).