Hospitais, clínicas e laboratórios conveniados ao Planserv vão limitar o atendimento dos usuários do plano às quotas repassadas pelo governo do estado. A informação foi dada hoje, em entrevista ao Bahia Econômica, pelo presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb), Mauro Adan.
Ele explica que, anteriormente, com a autorização da gestão do Planserv, as instituições conveniadas atendiam para além dos repasses do governo do estado. A situação decorria da questão de que os valores repassados pela administração do plano não cobriam os atendimentos durante todo o mês. Assim, por exemplo, os repasses terminavam no dia 10 de um dado mês, porém, os conveniados atendiam por todo o período.
Após reunião realizada ontem, as entidades conveniadas decidiram limitar os atendimentos aos valores repassados pelo governo. “A partir de 19 de janeiro,as instituições de saúde que atendem o Planserv vão interromper os atendimentos no dia do mês quando cota for atingida, inclusive cirurgias eletivas”, considerou Adan.
O gestor aponta que o atendimento aos usuários do Planserv está em risco: “A viabilidade do plano está seriamente ameaçada”, considerou em relação à redução dos repasses do governo do estado ao plano.
Dentre as medidas de austeridade propostas pelo governador Rui Costa, consta a redução de 4% para 2% das contribuições dos três poderes e das empresas públicas ao plano de saúde dos servidores. “Temos certeza que, se formos chamados para construir soluções, poderemos avançar ,mas se for de forma unilateral o servidor terá sua assistência à saúde bem prejudicada”, prossegue Adan.
Hoje, o Planserv é responsável por São 518 mil vidas, com 1450 prestadores de serviço, entre clínicas, hospitais e laboratórios. “O Planserv hoje é omisso,não assume sua responsabilidade”, lamenta Adan.