A Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder) deve passar por uma severa reestruturação nos próximos meses. A iniciativa consta do processo de reforma administrativa do governo baiano, que pretende tornar mais eficiente a administração. Em coletiva à imprensa hoje (3), o governador Rui Costa considerou que a Companhia teria uma estrutura “engessada”, na qual 70% dos seu quadro de pessoal era composto por aposentados.
“A Conder tem quase 70% do seu quadro aposentado. Dos aposentados, uma boa parte acima dos 70 anos. E não tem como tocar uma empresa que, das 500 pessoas, 370 aposentados, idosos. Fica uma empresa improdutiva, não presta o serviço que povo baiano precisa”, considerou Rui.
Durante encontro com jornalistas, Rui afirmou que um grupo de funcionários da Conder teria elaborado um plano para demissão de 268 aposentados. “Pedi que eles aprovem primeiro na assembleia deles e a gente conversa depois”, avaliou.
O governador reafirmou a perspectiva de inserir a Conder no plano de reforma administrativa, iniciativa que adotou medidas como a extinção do Centro Industrial Subaé (CIS) e da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), que se tornarão superintendências integradas à Secretaria de Desemvolvimento Econômico (SDE). A Bahia Pesca, por sua vez, poderá ser privatizada.
O governador disse em relação a Conder:
“Do jeito que está não há condição de continuar funcionando, com o engessamento que tem hoje e os custos elevadíssimos fruto de muitos processos judiciais que ela acumula ao longo de tempo movidos pelas diversas associações. Inclusive é o único lugar hoje no estado das empresas dependentes que não usa o Planserv. Eles têm a liminar de um plano próprio, que nunca pagaram nada e, portanto, é o lugar de menor eficiência com maiores custos proporcionais”.
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