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GRANDES BANCOS LUCRAM 12,7% MAIS NO 3º TRI E SINALIZAM MAIOR APETITE POR CRÉDITO

Redação - 09/11/2018 15:00

O resultado financeiro dos grandes bancos brasileiros de capital aberto no terceiro trimestre trouxe uma sinalização importante quanto ao crescimento do crédito no próximo ano. Com números em linha com as projeções do mercado, essas instituições esperam não só emprestar mais em 2019, como algumas estão dispostas a elevarem seu apetite por risco diante da expectativa de melhora do ambiente macroeconômico, o que também pode servir de impulso para as receitas com tarifas e prestação de serviços.

Juntos, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Itaú Unibanco apresentaram lucro líquido de R$ 18,435 bilhões de julho a setembro, expansão de 12,7% em relação à cifra de R$ 16,358 bilhões registrada um ano antes. O resultado apresentou leve aceleração, uma vez que, no segundo trimestre, o crescimento anual foi de 12,30%. Com eventos extraordinários, o resultado foi de R$ 17,470 bilhões, 28,5% maior, considerando a mesma base de comparação.

Novamente, a redução dos gastos com calotes motivou os ganhos no período, mas a aceleração do crescimento das carteiras de crédito chamou a atenção. A maior expansão de empréstimos no terceiro trimestre, tanto no comparativo trimestral como no anual, foi vista no Santander (3,4% e 13,1%), seguido por Itaú (2,1% e 10,6%), Bradesco (1,5% e 7,5%) e BB (0,1% e 1,4%).

O presidente do BB, Marcelo Labuto, garantiu que o banco vai encostar nos pares privados também do lado do crédito em 2019. A instituição pode, conforme ele, ser mais agressiva e competitiva na concessão de crédito, mas sem mudar seu apetite de risco. “Já temos condições de equiparar o crescimento do crédito ao dos pares privados”, disse Labuto, em coletiva de imprensa, no período da manhã desta sexta.

O BB foi mais penalizado que seus pares durante a crise, uma vez que carregava empréstimos mais pesados e de longo prazo. Por isso, tem tido mais desafios para acelerar o ritmo da expansão de sua carteira. Enquanto isso, Bradesco e Itaú admitiram, pela primeira vez, que podem aumentar o apetite por risco.

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