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UNIVERSALIZAÇÃO DO SANEAMENTO TRARIA R$ 1,1 TRILHÃO AO PAÍS EM 20 ANOS, APONTA ESTUDO

Redação - 07/11/2018 09:43 - Atualizado 07/11/2018

A universalização do saneamento básico traria ao país benefícios econômicos e sociais de mais de R$ 1,1 trilhão em 20 anos, segundo um estudo do Instituto Trata Brasil divulgado nesta quarta-feira (7). Isso quer dizer que os ganhos com a expansão dos serviços de água e esgoto no Brasil são maiores que os custos para investir no setor. Os setores mais beneficiados são os de saúde, educação, turismo, emprego e imobiliário.

 

Segundo os dados de 2016 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), apenas 51,9% dos brasileiros têm acesso à coleta de esgoto, o que significa que mais de 100 milhões de pessoas utilizam medidas alternativas para lidar com os dejetos – seja através de uma fossa, seja jogando o esgoto diretamente em rios. Quanto ao acesso a água, 35 milhões de brasileiros seguem sem conexão com o sistema.

 

Segundo o estudo, caso o saneamento fosse universalizado hoje, os custos de infraestrutura chegariam a R$ 241,3 bilhões. Considerando o aumento de despesas nas contas das famílias com os novos serviços de água e esgoto, o custo total chegaria a R$ 395,6 bilhões em 20 anos. Com a universalização do saneamento, porém, o país teria uma série de benefícios nesses próximos anos que tornariam as contas positivas.

 

Eles vão desde a redução dos custos com a saúde até a renda gerada pelo aumento de operação da cadeia produtiva do setor. Essa renda chegaria a R$ 1,5 trilhão. No final, o balanço positivo é de mais de R$ 1,1 trilhão para o país, aponta o estudo. Segundo Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil, os ganhos da universalização do saneamento são amplos por se tratar de um investimento transversal – ou seja, que envolve diversas áreas da sociedade.

 

Os maiores retornos viriam das próprias cadeias produtivas do saneamento: a renda gerada pelo investimento direto no setor (ampliando redes, construindo estações de tratamento, etc.) seria de R$ 301,9 bilhões, e a renda gerada pelo aumento de operação das empresas responsáveis pelo saneamento (contratando mais empregados, aumentando a compra de produtos químicos, etc.) chegaria a R$ 489,9 bilhões.

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