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CUSTO PARA REMEDIAR POLUIÇÃO DE LIXÕES SUPERA OS R$ 730 BI

Redação - 29/10/2018 13:42 - Atualizado 29/10/2018

Quando governantes brasileiros fecham os olhos para os lixões estão cometendo crime e criando enormes passivos ambientais, sociais, de saúde pública e econômicos. Cálculo inédito do Departamento de Economia do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) revela que, só nos últimos 10 anos, o país acumulou uma “dívida” superior a R$ 730 bilhões com a falta de combate à destinação irregular de resíduos.

Apesar de impactante, o valor considera apenas os custos para remoção desse lixo, descontaminação do solo e o direcionamento do material para um aterro sanitário (equipamento adequado para a recepção e tratamento de resíduos). Ou seja, os danos à saúde, impactos sociais e econômicos não entraram na conta.

“Esse é um cálculo conservador. Usamos como base dados do programa ‘IllegalDumpFreePA’, dos EUA, onde o custo de limpeza de resíduos destinados a lixões é de U$ 600 por tonelada (R$ 2.520/tonelada com câmbio a R$ 4,20). A estimativa para adaptação desse impacto no Brasil foi conservadora, pois não levou em consideração aspectos como a inexistência de tecnologia como máquinas e equipamentos nacionais para a execução da descontaminação adequada dos terrenos. Desse modo, os custos poderiam ser até maiores”, revela Jonas Okawara, economista do Selurb.

A entidade considerou a média anual de 29 milhões de toneladas jogadas diretamente no meio ambiente, sem quaisquer mecanismos de proteção do solo ou do lençol freático. Só em 2017, dos 71,6 milhões de toneladas de lixo coletados no país, 40% foram para lixões ou aterros controlados, de acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil.

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