Darío Benedetto, atacante que fez os dois gols da vitória por 2 a 0 do Boca Juniors sobre o Palmeiras nesta quarta-feira, na Bombonera, pela Libertadores, tem uma história de vida impressionante. A saber:
- Quando tinha 12 anos, Benedetto perdeu a mãe, vítima de uma parada cardiorrespiratória na arquibancada, enquanto ele jogava pelas equipes de base do Independiente;
- De luto, Benedetto largou o futebol e a escola para trabalhar com o pai como pedreiro;
- Durante essa época, tocou numa banda de cumbia, com o irmão Lucas, chamada “El Pato”; eles chegaram a se apresentar por três vezes num canal de TV da Argentina;
- Aos 16, voltou ao futebol, para jogar pelo modesto Arsenal de Sarandí, clube pelo qual marcou gols contra São Paulo e Atlético-MG na Libertadores de 2013;
- Vendido para o Tijuana, do México, ainda passou pelo América, clube mais popular do futebol mexicano, até voltar à Argentina, para defender o Boca Juniors;
- Chamado para defender a desesperada Argentina nas últimas duas rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, foi titular contra o Peru;
- Estaria, portanto, cotado para disputar o Mundial da Rússia. Mas sofreu uma ruptura nos ligamentos do joelho direito em novembro; está voltando aos trilhos justamente agora…
- Com tudo isso, natural que Benedetto se emocionasse ao fim do jogo contra o Palmeiras. Ele entrou aos 31 minutos do segundo tempo. Marcou aos 38 e depois aos 42.
– É muita emoção depois de tantos meses sofrendo. Eu me recuperei (da lesão no joelho), voltei a me lesionar no tendão, depois a lesão muscular. Venho tendo azar com lesões, por isso estou muito contente em voltar a converter, que para um atacante é importante – disse Benedetto.
– É sempre um prazer uma comparação com meu ídolo, Martín Palermo. Palermo sempre haverá um só. É sempre muito bom que me comparem a um dos maiores ídolos que o clube teve. Gostei muito do segundo gol, mas fico com o primeiro: foi um desabafo para mim – completou o atacante argentino, que está com 28 anos.