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PGR PEDE INVESTIGAÇÃO SOBRE CONTEÚDO FALSO NAS ELEIÇÕES

Redação - 20/10/2018 10:32

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou à Polícia Federal (PF) a abertura de inquérito para investigar se empresas de tecnologia da informação disseminaram, de forma “estruturada”, mensagens falsas sobre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), que disputam o segundo turno das eleições presidenciais.

A solicitação foi encaminhada ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. A PF é subordinada ao ministério. Procurado pela TV Globo, Jungmann afirmou que ainda não recebeu o pedido porque está fora de Brasília. No documento, Raquel Dodge cita recentes reportagens da BBC, da “Folha de S.Paulo” e do jornal “O Globo” e afirma que “o quadro de interferência” na opinião dos eleitores, com base em possíveis falsas informações, “afronta” a integridade do processo eleitoral.

“É uma nova realidade mundial, que exige investigação com a utilização de um corpo pericial altamente gabaritado e equipamentos adequados, para se identificar a autoria e materializar a ocorrência desse novo formato de crime, recentemente introduzido na legislação brasileira, de alta potencialidade lesiva”, afirmou.

Segundo a PGR, essas reportagens já motivaram a abertura de uma apuração por parte da Procuradoria-Geral Eleitoral. O objetivo, de acordo com o Ministério Público, é verificar a possível existência de utilização de esquema profissional por parte das campanhas políticas com o propósito de propagar notícias falsas.

No pedido encaminhado à PF, Raquel Dodge diz que a situação também exige apuração na “ótica criminal”. A procuradora afirma que o uso especializado e estruturado de logística empresarial para a divulgação em massa de informações falsas é crime previsto na legislação eleitoral.

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