O roubo de carga resultou num prejuízo de R$ 1,574 bilhão no ano passado em todo o País. O valor corresponde somente à carga em si. Estima-se que 20% dos veículos roubados não são recuperados, o que elevaria a perda em R$ 1 bilhão, totalizando R$ 2,5 bilhões de prejuízo. Os números são do coronel Souza, assessor de segurança da NTC&Logística e do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo (Setcesp). A boa notícia é que as ocorrências estão em queda em 2018, segundo ele.
O coronel alega que até 2013, o crime girava em torno de 12 mil a 14 mil ocorrências em território nacional. E explodiu nos últimos quatro anos por causa dos casos registrados no Rio de Janeiro. Naquele estado, as ocorrências saltaram de um patamar de 3 mil para 10 mil ao ano. Assim, em 2015, foram 19.272 roubos com R$ 1,120 bilhão subtraídos. Em 2016, 24.563 ocorrências e subtração de R$ 1,364 bilhão. E, em 2017, foram 25.970 ocorrências e R$ 1,574 bilhão subtraídos. Ou seja, neste período, houve 27% de aumento nos casos e 22% de crescimento do prejuízo.
A indústria faz um cálculo diferente. Além dos valores de carga e veículos, ela soma fatores como o prejuízo com a receptação, já que a carga roubada é vendida por comerciantes, que deixam de comprar carga legal. Segundo o coronel, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aponta um impacto anual de R$ 16,8 bilhões com o roubo de carga no Estado. E a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) calcula R$ 6, bilhões também no Estado.