O governador da Bahia, Rui Costa (PT), teria esperado resultado eleitoral no estado passar, para supostamente surpreender a população baiana com uma ação que deve mudar a gestão do saneamento básico e do abastecimento de água no estado. A avaliação é do deputado estadual Luciano Ribeiro.
Ele argumenta sobre o assunto citando notícia veiculada hoje (17), na qual há referência sobre uma suposta privatização da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) pelo Governo do estado a partir de 2019.
De acordo com o texto, veiculado pela revista Veja, a ação seria uma das tentativas da gestão Rui Costa equilibrar as contas públicas do estado. Em nota distribuída á imprensa, o líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado Luciano Ribeiro (DEM), questiona a possível iniciativa do Governo e exige esclarecimentos, já que está em jogo o futuro de uma estatal criada há mais de 40 anos. Além disso, Ribeiro cobrou ao governo informações sobre como andam as contas públicas, uma vez que haveria rumores de que o estado da Bahia estaria quebrado.
“O governador precisa explicar essa conversa de privatizar a Embasa. O Governo não vai poder impor uma mudança dessa, sem antes dizer o porquê. Exigimos um posicionamento do governador sobre o assunto”, cobra o líder da Bancada Oposicionista.
Ainda de acordo com o parlamentar, caso o governador decida privatizar a Embasa e promova ainda a concessão de outros órgãos, como a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e a Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb), o governador mudará o próprio discurso, pois há alguns anos, o gestor e seus aliados condenavam essa possibilidade.
Em 2013, os deputados da Bancada Governista na Assembleia chegou a aprovar um projeto de lei, enviado pelo então governador Jaques Wagner (PT), que revogava uma lei de 1999 que permitia ao estado privatizar a Embasa. À época, deputados petistas se inflamaram em discursos na Casa, sendo contrários a possível venda da empresa de água. “Será que agora depois que quebraram o estado tornou-se conveniente adotar a medida?”, questiona Ribeiro.