O vereador Hilton Coelho (PSOL), recém-eleito para uma cadeira na Assembleia Legislativa enviou nota à imprensa, na qual tece duras críticas á administração ACM Neto, que estaria supostamente diminuindo repasses de verbas para ações que visam prevenir doenças na população de Salvador.
“Com a redução de recursos em setor vital como de saúde pública, o prefeito dá a entender que pretende que se amplie o número de doentes na cidade. Não é dessa forma que se deve pensar política de saúde em uma metrópole como Salvador”, criticou Hilton.
A reação do edil vem após o prefeito ACM Neto ter encaminhado à Câmara de Municipal de Salvador, no final de setembro, o projeto de LOA 2019, com a previsão de gastos municipais para o ano que vem.
“Dentre as diversas distorções presentes no projeto, algumas chamam atenção, justamente por irem na contramão das necessidades de saúde da população de nossa cidade, quando se compara com o orçamento projetado para 2018”, afirma o legislador.
Ainda de acordo com Hilton, “o prefeito ACM Neto reduziu os recursos para controle de antropozoonoses, doenças que podem ser transmitidas de animais para humanos, em 46%. Estavam previstos os gastos de R$ 7.740.000,00 para 2018, enquanto são previstos R$ 4,2 milhões para 2019. Em relação às ações de controle de vigilância epidemiológica, que visa a análise e prevenção de doenças, o valor foi reduzido em 80%, passando dos R$ 3.615.000 em 2018 para meros R$ 700 mil em 2019. Um absurdo que a sociedade precisa exigir explicações”.
Segundo relata o vereador, “o prefeito reduziu, ainda, a dotação orçamentária para a rubrica de promoção das ações de controle das doenças sexualmente transmissíveis (DST), incluindo a AIDS, em R$ 800 mil, o que significou redução de quase 30% dos recursos alocados. A redução de recursos para esta área, promovida por ACM Neto vai na contramão dos alertas feitos pelo Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS), com o aumento de casos de DST e HIV no Brasil. Houve também uma queda de R$ 30 mil para a rubrica de ações de imunização, ou seja, vacinação da população. Podemos qualificar esses cortes como no mínimo absurdos e faremos o possível para revertê-los”, concluiu.