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WAGNER COMENTA ANTIPETISMO E RECONHECE ERROS DO PARTIDO: “MUITA GENTE NOSSA METEU O PÉ NA JACA”

Redação - 10/10/2018 17:57 - Atualizado 10/10/2018

Senador eleito pela Bahia, Jaques Wagner avaliou o cenário político e a polarização instaurada nessas eleições, além de um dos fenômenos políticos que têm polarizado a disputa desse ano: o antipetismo. Segundo o ex-governador da Bahia, esse é o discurso adotado para criminalizar o PT pelos seus erros, porém se diz “tranquilo de dizer que o benefício que o PT trouxe à democracia é muito maior do que os erros que ele tenha cometido”. Wagner também é estrategista da campanha do presidenciável petista, Fernando Haddad.

“No Nordeste, o que acontece de diferente? É que a prosperidade e o benefício que as pessoas sentiram nos nossos governos, seja federal ou estadual, é muito mais forte do que a tentativa de criminalizar pelos erros do PT”, afirmou Wagner na tarde desta quarta-feira (9), após ser questionado se o partido adotará estratégias para conter a onda de rejeição no Nordeste.

No entanto, Wagner admitiu erros: “muita gente nossa meteu o pé na jaca”. “O PT teve erros, como todos os partidos tiveram. Continuo dizendo que o maior erro do PT foi não ter feito a reforma política no primeiro ano. Não ter regularizado a questão do financiamento público de campanha logo que a gente chegou. Acabou que a gente começou a exercer política com lastro legal, que não leva a uma boa política. Isso, pra mim, é o maior crime do PT. Então muita gente nossa, como eu já disse outras vezes, meteu o pé na jaca”, disse o ex-ministro.Para Wagner, o argumento do anti-petismo também é usado por pessoas que não conseguem justificar o apoio a Jair Bolsonaro (PSL) na disputa pelo Palácio do Planalto. “Muita gente usa nesse momento o anti-petismo como uma espécie de explicação, porque não encontra um argumento razoável para dizer porque vota em alguém que fala os impropérios que fala”, disse.

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