Ex-governador e candidato ao Senado na Bahia, Jaques Wagner comentou nesta terça-feira (2) sobre a “onda do antipetismo” que tomou conta do Brasil, característica evidente dos eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista com jornalistas pouco antes de acompanhar o debate entre governadores realizado pela Rede Bahia, Wagner chamou o antipetismo de “a única desculpa envergonhada” do eleitor para votar em “uma pessoa que prega tortura, inferioridade feminina, que prega a bala para resolver tudo”. “Não encontraram outra razão. Como não têm desculpa, diz: ‘Ah, é porque sou contra o PT’. Na verdade é um mero clichê. É para ter vergonha mesmo de votar em um cara como ele”, declarou.
E continuou a análise, fazendo um breve comparativo com o candidato do PT, Fernando Haddad: “A sociedade brasileira vive um momento muito estranho. As pessoas estão assustadas evidentemente com a violência e ficam achando que alguém que fala as bobagens que o Bolsonaro fala, que isso vai resolver alguma coisa. Então é um perfil, alguém retado, que vai bater na mesa. Acho que na urna, a racionalidade prevalece. [Bolsonaro] diz que defende a família, mas defende a tortura. É alguém absolutamente contraditório, que vive de clichê. A única coisa que ele sabe falar é: ‘Isso aí precisa mudar’. Mas não consegue dizer nenhuma solução. A diferença é que Haddad propõe caminhos, ele não propõe nenhum”, afirmou.