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CRIMINOSOS FURTAM PARTE DO ACERVO DA CASA DE RUY BARBOSA, EM SALVADOR

Redação - 03/10/2018 19:45

O Museu Casa de Ruy Barbosa, no Centro de Salvador, foi assaltado no último final de semana. Os criminosos levaram peças da instituição pertencente à Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e administrada através de um convênio firmado desde 1998 com o Centro Universitário UniRuy | Wyden (antiga Faculdade Ruy Barbosa).

Entre os itens subtraídos da casa onde nasceu o jurista baiano Ruy Barbosa (1849-1923) estão objetos pessoais e antiguidades, como bustos, medalhas, canetas, óculos, taça, todos em ouro, prata e bronze. O caso foi registrado pela polícia como “furto qualificado/arrombamento com subtração de bens” e está sendo investigado, mas até agora não há sinal dos arrombadores ou das peças levadas.

O furto, que pode ter ocorrido entre a noite da última sexta-feira (28/09) e domingo (30), só foi percebido na manhã de segunda-feira (1º/10), quando uma funcionária do UniRuy chegou para trabalhar e encontrou a porta da frente apenas encostada.

O incidente não deixou vítimas, uma vez que os vigilantes contratados pelo UniRuy para a guarda patrimonial não estavam no local. A ação sequer chamou a atenção dos moradores vizinhos do edifício situado na Rua Ruy Barbosa.

O diretor de Patrimônio da ABI, Luís Guilherme Pontes Tavares contou que o roubo dos objetos altera o projeto de exibi-los em evento preparatório da reabertura do Museu de Imprensa da ABI. Segundo ele, nos últimos anos, a ABI realizou o inventário do acervo da Casa Ruy Barbosa, de modo que conhece, com detalhes, cada objeto roubado. “Essa ação criminosa instala a ABI entre as entidades brasileiras agredidas devido à missão que se impuseram de preservar a história nacional”, observa.

“É assustador o que tem sido feito com a memória do Brasil e, particularmente, da Bahia. Um acervo constituído por peças que contam a história do ‘maior dos brasileiros’, como Ruy era chamado, se transformou em relíquias sujeitas a roubos e transações”, se indigna o diretor de Cultura da ABI, Jorge Ramos. Para ele, a ação pode ter sido programada e encomendada, porque no próximo ano, será o 180º aniversário de Ruy Barbosa. “Roubar peças do museu da casa onde ele nasceu é roubar a memória da Bahia. Urge que sejam tomadas todas as providências na esfera policial, para elucidar esse crime”.

 

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