O SBT, numa parceria com a Folha e com o UOL, realiza hoje (26) um debate entre os presidenciáveis. Estão presentes no programa oito candidatos que pertencem a partidos ou coligações com representação mínima de cinco parlamentares no Congresso, como determina a lei eleitoral.
Jair Bolsonaro (PSL), que sofreu um atentado, não esteve presente, pois continua internado no Hospital Albert Einstein. Já Ciro Gomes, que foi submetido a uma pequena cirurgia da próstata nesta terça-feira (25), recebeu alta do Hospital Sírio-Libanês e compareceu ao encontro. O debate tem mediação do jornalista Carlos Nascimento.
O episódio relativo à saúde de Ciro Gomes não passou incólume, tendo o candidato Cabo Daciolo tocado no assunto: “O senhor ficou doente, correu para o Sírio-Libanês, porque não foi para um hospital público”, questionou Daciolo. Ciro diz que o médico que o acompanha o chamou para o hospital e defendeu os dados de saúde de seu Estado, o Ceará, que foram criticados por Daciolo.
O tucano Geraldo Alckmin perguntou sobre moradia para o senador Alvaro Dias (Podemos). “É preciso romper com esse sistema perverso”, respondeu Dias, correlacionando tal aspecto a seu discurso contra a corrupção. Alckmin voltou a apresentar realizações de seu governo em São Paulo. O senador afirmou, em contrapartida, que tem o plano de entregar documentação de 5 milhões de imóveis irregulares em favelas e na área rural.
Marina Silva (Rede) perguntou ao candidato psolista Guilherme Boulos (PSOL) sobre educação. Ele disse que o problema, “como dizem Temer e sua turma”, não é falta de dinheiro. Boulos prosseguiu em suas críticas ao “bolsa banqueiro”. “Se enfrentar o privilégio dos bancos, vai ter dinheiro”, disse. Marina disse que pretende lançar no Piauí o programa Renda Jovem, para combater a evasão escolar.Dessa maneira, disse ela, o jovem terminaria o ensino médio com 3.600 reais em seus planos.
Um dos momentos mais tensos do debate, porém, foi a troca de farpas entre Fernando Haddad (PT) e Marina Silva (REDE). O petista perguntou se ela apoia o teto de gastos e a reforma trabalhista, aprovados pelo Governo Michel Temer.
Marina teceu uma forte crítica ao PT, PSDB e MDB e disse que Temer foi colocado onde está pelo PT. “Me desculpe, mas quem botou o Temer lá foram vocês”, disse Haddad. Em contrapartida, Marina respondeu: “Foi vocês sim, do PT, que se juntaram com ele para afundar o Brasil”, disparou. Ela ainda disse que Haddad foi pedir a benção para o senador Renan Calheiros (MDB), “que também apoiou o impechment”.
No segundo bloco, quando os jornalistas questionavam os candidatos, o pedetista Ciro Gomes refutou a possibilidade de uma aliança com o PT, em um eventual governo seu. “Se puder governar sem o PT, eu prefiro”, disse. Segundo ele, o PT se transformou em “uma estrutura de poder odienta” que gerou o Bolsonaro, “essa aberração”.
Geraldo Alckmin foi questionado por um jornalista se desistiria da candidatura em nome de outro candidato de centro. Durante a sua resposta, o tucano teceu críticas ao PT. Ele diz que pretende evitar que o PT volte ao poder e que a “insensatez de um candidato que não tem a menor das condições”, em referência a Bolsonaro, chegue ao poder.
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
