Em 2017, a Bahia produziu 2,485 milhões de metros cúbicos (m³) de lenha a partir da extração de madeira nativa, pouco menos da metade que em 2016 (menos 2,5 milhões de m³ ou -50,4%). Deixou, assim, de ser o maior produtor nacional de lenha por extração do país, sendo superada, em 2017, pelo Ceará, com 3,013 milhões de m³.
No país como um todo, também houve redução da produção de lenha a partir da extração, de 25,019 milhões de m³ em 2016 para 21,520 milhões de m³ em 2017 (-14,0% ou menos 3,5 milhões de m³ entre um ano e outro). Desde 2003, a produção nacional de lenha por extração de madeira nativa recua seguidamente no país. Na Bahia, as quedas sucessivas nesse tipo de produção se iniciaram dez anos antes, em 1993.
Entre 2016 e 2017, o estado também teve uma redução expressiva da produção de carvão a partir da extração de madeira nativa, passando de 100.490 para 53.078 toneladas: 47,4 mil toneladas a menos (-47,2%). Assim, em 2017 a Bahia deixou de ser o segundo e passou a ser o quarto maior produtor de carvão por extração do país, abaixo de Maranhão (128.525 t), Piauí (64.919 t) e Mato Grosso do Sul (64.990 t).
A produção de carvão a partir de madeira nativa também está se reduzindo no país como um todo. Passou de 544.107 para 426.401 toneladas, entre 2016 e 2017, uma queda de 21,6% ou menos 117,7 mil toneladas. A produção extrativa de madeira vem perdendo espaço ao longo dos anos em virtude da legislação ambiental, que estabelece maior rigor e controle em operações que envolvem espécies nativas. Estas vêm sendo gradativamente substituídas pela produção oriunda de áreas florestais plantadas (silvicultura).
Somam-se a isso os esforços empreendidos pelos principais setores consumidores destes produtos, como o siderúrgico, na substituição do carvão vegetal extrativo pelo produto com origem em florestas plantadas.