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APÓS DERROTA NA ARGENTINA, CRUZEIRO GARANTE QUE VAI SE CLASSIFICAR CONTRA O BOCA EM MINAS

Redação - 20/09/2018 08:09

O Cruzeiro está indignado com a arbitragem do paraguaio Eber Aquino. A expulsão do zagueiro rendeu bastante reclamação de todas as esferas do clube. O vice-presidente de futebol, Itair Machado, não poupou críticas ao árbitro. De antemão, o dirigente confirmou que o clube vai realizar uma promoção de ingressos para o jogo da volta contra os argentinos, marcado para o dia 4 de outubro, no Mineirão.  – Antes de tudo, quero deixar um recado para a torcida do Cruzeiro. Reunimos no vestiário. Vamos colocar a promoção de ingressos. Tenho certeza que vamos tirar a diferença de dois gols e classificar.

Quando retornou para o tom mais crítico, Itair fez um pedido à Conmebol: consertar o equívoco na expulsão de Dedé e absolver o jogador para o duelo de volta. Ele citou exemplos da própria entidade sul-americana e de um caso mais recente do Campeonato Francês. O juiz limitou a atitude do árbitro como erro ou roubo, dependendo de uma resposta da Conmebol para determinar o que foi o cartão vermelho dado ao defensor do Cruzeiro.

Itair Machado disse que o Cruzeiro não pode ser prejudicado duas vezes — Foto: Gabriel Duarte – Sobre o que aconteceu aqui, o Brasil e pode parte do mundo viu o que aconteceu. O Cruzeiro vai tomar medidas cabíveis juridicamente. A gente acha que foi flagrante o que aconteceu. Em 2014, teve um jogador que a Conmebol absolveu um cartão vermelho. Então, o Cruzeiro vai pleitear que a gente não seja prejudicado duas vezes. O Cruzeiro foi punido duas vezes com o erro do árbitro. Não podemos continuar com esse erro, tirando um dos principais jogadores nossos do jogo. Se não houve má-fé, má-intenção, se não houve roubo, que se conserte o erro do juiz. Isso o presidente da Conmebol tem que fazer. Em tempos de prisão, que muita gente da Conmebol foi preso, eles têm que provar se foi roubo ou se foi erro. Em 2014 teve isso e o jogador foi absolvido e jogou. Recentemente, na França, também houve isso. O jogador foi expulso injustamente e foi absolvido.

Como efeito da situação sofrida na Bombonera, o Cruzeiro já traça sua linha de defesa. Um advogado foi contratado na cidade de Luque, sede da Conmebol. Nesta quinta-feira, ele vai acompanhar o presidente Wagner Pires de Sá, que embarca cedo da Argentina para o Paraguai. – O nosso presidente vai amanhecer na porta da Conmebol. Já contratamos um advogado lá da cidade (Luque) e o nosso advogado vai virar a noite no avião de volta, já iniciando a defesa. A gente pede que não seja punido duas vezes. É convocar a nossa torcida, o ingresso será mais promocional ainda, para que a gente possa combater isso dentro de campo, eliminando o Boca. Porque, com certeza, se houve má-fé, houve participação do Boca. Nós vamos dar a resposta para eles dentro de campo – disse Itair Machado, sugerindo que pode ter ocorrido participação dos argentinos na arbitragem polêmica.

A maior preocupação do dirigente do Cruzeiro é que o clube não seja punido duas vezes. Quando estava com um jogador a menos, a Raposa sofreu o segundo gol do Boca Juniors. A ausência de Dedé no duelo no Gigante da Pampulha é vista como grande injustiça pelo clube. – Presidente está indo, vai ficar aqui (Buenos Aires). O presidente vai partir amanhã 6h. Às 7h ele estará lá na Conmebol. A gente espera ter êxito. Não só os jogadores do Boca, como a torcida do Boca, ninguém entendeu o que aconteceu. Então, nós queremos que o presidente da Conmebol, para evitar prisões no meio do futebol, ele tem que provar que foi erro. Ele tem poder para interferir e mandar anular o cartão do Dedé. Se foi roubo, eles não vão fazer isso. Se foi erro, eles vão fazer. Aí fica a nossa dúvida. Nós é que não temos que levantar se foi roubo ou erro. Temos que falar a linguagem do futebol brasileiro. Foi roubo. Eles não vão voltar atrás. Eles vão voltar e fazer de tudo para ajudar o Boca, como já ajudaram em muitas outras vezes. Se foi erro, eles vão voltar e o Cruzeiro não será punido duas vezes.

Por fim, Itair salientou que o árbitro estava mal-intencionado desde os primeiros minutos de jogo. O dirigente afirma ter percebido atitudes suspeitas e pressentido a expulsão do zagueiro Dedé quando Eber Aquino acionou o VAR na Bombonera

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