A Pesquisa que mede o índice de Intenção de Consumo das Famílias, feita pela Confederação Nacional do Comércio em parceria com a Federação do Comércio e Serviços do Estado da Bahia (Fecomércio), revelou que houve um crescimento de 2,5% nas intenções de consumo na Bahia, no mês passado. Contudo, os números, mesmo positivos, não refletiram na geração de empregos e aberturas de novas lojas no comércio varejista. Em oito meses foram 6.389 estabelecimentos fechados no Estado.
No balanço divulgado pela Junta Comercial do Estado da Bahia (JUCEB), de janeiro a agosto deste ano a atividade do comércio varejista foi a única que apresentou um saldo negativo entre a constituição de novas empresas e a extinção delas. Nas demais 13 atividades relacionadas, o saldo foi positivo. O comércio varejista abriu 5.865 novos estabelecimentos este ano, em todo o estado. Mas em compensação, fechou outros 6.389, gerando num saldo negativo de 524 empresas.
Essa situação se reflete nos num Eros das vendas, conforme explicou o presidente do Sindicato dos Lojistas na Bahia, Paulo Mota, para o qual o atual cenário político e econômico no país inibe qualquer atividade que implique em novos investimentos. “Não vislumbramos quaisquer melhorias no atual cenário antes do período imediato após as eleições”, disse. Para o empresário, não tem havido contratação de mão-de-obra e crescimento nas vendas, nos últimos meses.
Paulo Mota destaca ainda o crescimento de atividades do ecommerce, que são as vendas online, com o uso da internet, e o crescimento do comércio informal, para que lojas tradicionais fechem as portas ou reduzam suas atividades. “Basta ver a profusão de comércio de rua com os mais diversos itens. Se por um lado ocupa uma população sem o emprego formal, por outro lado, não gera renda para a economia, pois não há recolhimento de impostos, e, por conseqüência, de mais investimentos”, disse.