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IBOPE: 85% ACHAM QUE ‘FAKE NEWS’ INFLUENCIAM ELEIÇÃO

Redação - 11/09/2018 07:00

As notícias falsas podem influenciar o resultado das eleições, afirmaram 85% dos eleitores fluminenses entrevistados pelo Ibope entre os dias 7 e 9 de setembro. A pesquisa de intenção de voto para governo e Senado no Estado, divulgada na segunda-feira pelo instituto, incluiu, a pedido do GLOBO, três perguntas sobre o comportamento das pessoas diante da disseminação das “fake news” e sua relação com as eleições. Apenas 10% afirmaram acreditar que conteúdos falsos não têm capacidade para influir no voto, enquanto 5% não responderam.

O Ibope perguntou ainda com que frequência os eleitores se deparam com notícias falsas. Os que responderam que recebem esse tipo de conteúdo “sempre” (33%) ou “quase sempre” (22%) foi majoritário, somando 55%, enquanto uma minoria respondeu que “nunca” (16%) ou “raramente” (10%) se sentem expostos às “fake news”.

Embora os números mostrem que esse é um assunto que desperta muita atenção do eleitorado no Rio, ainda é minoritária a parcela da população que sempre procura verificar a veracidade das informações a que tem acesso. Essa foi a resposta dada por 40% dos entrevistados. A maior parte declarou que “às vezes” (25%), “raramente” (12%) ou “nunca” (21%) tenta checar se o conteúdo recebido é verdadeiro.

Para especialistas que estudam a influência das “fake news” nas eleições, os números mostram uma preocupação bastante grande das pessoas com o tema, embora elas evitem admitir que compartilhem notícias falsas. Na análise do perfil dos entrevistados nas respostas sobre o tema, a pesquisa mostra uma relação entre escolaridade e a percepção sobre a disseminação e a influência das “fake news”. A crença na influência das notícias falsas sobre o voto atingiu índices mais altos entre os eleitores de escolaridade de nível superior (94%) e Ensino Médio (88%). Entre os que estudaram apenas até a 4ª série do Ensino Fundamental é mais baixo (67%).

Na faixa mais escolarizada dos entrevistados, somam 64% os que se dizem expostos “sempre” (39%) ou “quase sempre” (25%) a esse tipo de conteúdo. Entre os menos escolarizados, esta soma fica em 42%. Para Fernando Neisser, autor do livro “Crime e Mentira na Política”, é preciso lembrar que há uma diferença entre informações que as pessoas acham que são falsas e as que efetivamente não correspondem à realidade.

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