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LIBERTADORES: GRÊMIO PASSA E SANTOS TERMINA EM CONFUSÃO

Redação - 29/08/2018 08:26 - Atualizado 29/08/2018

O suor da careca de Alisson ajudou a desviar a cobrança de falta de Luan, aos 47 minutos do segundo tempo da noite de terça-feira, quando a esperança já começava a se esvair entre os 48 mil gremistas na Arena. O “espírito” do Grêmio ao buscar o 2 a 1 sobre o Estudiantes no fim do jogo e conquistar a vaga às quartas de final da Libertadores nos pênaltis fez lembrar tempos nos quais as vitórias vinham mais na vontade do que na bola.

O grupo atual, vencedor, não é livre de erros. Mas já mostrou que sabe incorporar este DNA do Tricolor à qualidade técnica quando necessário. A palavra mais ouvida após o jogo foi “coragem”. De Renato, ao escalar o time com seis atacantes no segundo tempo. Dos jogadores, ao não desistirem. De André, ao não se abalar com a reserva e garantir a classificação no último pênalti.

A tensão na Arena era quase palpável, especialmente na parte final. Mesmo com uma pressão sufocante, aos gremistas parecia que o lance da partida seria o chute de Jael, quase da marca do pênalti, que foi desviado pelo pé de Schunke e ainda resvalou na trave. Porém, Alisson apareceu como um raio aos 47 minutos para desviar cruzamento de Luan e dar a possibilidade da disputa nos pênaltis. O gol do desafogo veio na bola parada, depois de Renato fazer substituições que deixaram o Grêmio com seis atacantes em campo.

SANTOS: Quando a primeira bomba atirada pela torcida do Santos explodiu perto do banco de reservas do Independiente, aos 35 minutos do segundo tempo, na última terça-feira, o mandato do presidente José Carlos Peres ruiu. A eliminação na Libertadores foi o auge do caos instalado na Vila Belmiro desde janeiro, quando a atual diretoria assumiu a administração.

O capítulo final deve começar a ser escrito no próximo dia 10 de setembro, quando o Conselho Deliberativo se reunirá para discutir os dois pedidos de impeachment contra o presidente – ambos com pareceres favoráveis à destituição de Peres. Aprovados, seguirão para votação dos sócios em assembléia. Peres se sentou na cadeira em 2 de janeiro. Não houve um dia de paz no clube desde então.

Contratado sob a promessa de comandar uma profissionalização no Santos, o executivo Gustavo Vieira de Oliveira durou apenas 45 dias no cargo. Ao sair, expôs a crise interna que culminou no racha entre o presidente e o vice, Orlando Rollo, que não se entendem. E que trabalham para minar um ao outro por trás das cortinas.

Os torcedores que se orgulham da tradição alvinegra de revelar craques, viram, depois, a fábrica dos Meninos da Vila envolvida num escândalo de assédio a um menor. No cargo de coordenador da base, Ricardo Crivelli, o Lica, foi acusado de abusar de um garoto de 13 anos em 2010, quando era olheiro do clube. Ele nega, mas o episódio deixou um buraco.

Lica era tão próximo de Peres que dividia com o presidente a sociedade de uma empresa que agenciava atletas, o que é proibido pelo estatuto do Santos. A Saga Talent estava ativa quando o cartola assumiu, ainda que ele afirme que há anos não realizava negócios pela companhia.

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