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NORDESTE DESTINA 88,6% DO SEU LIXO DE FORMA IRREGULAR

Redação - 17/08/2018 18:01 - Atualizado 17/08/2018

Mesmo 8 anos após a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Nordeste do Brasil continua com índices alarmantes em relação à gestão do lixo. Hoje, 88,6% dos municípios da região destinam os resíduos incorretamente em lixões, 0,50% dos materiais descartados são reaproveitados, 34% dos domicílios não contam com coleta de lixo e 95,1% dos municípios ainda não instituíram uma fonte de arrecadação específica para custear os serviços. É o que mostra o Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (ISLU), desenvolvido pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) em parceria com a consultoria PwC (PricewaterhouseCoopers).

O estudo mede a adesão dos municípios brasileiros às metas da legislação e a avaliação é feita a partir do desempenho em quatro dimensões: engajamento, recuperação de recursos coletados, sustentabilidade financeira e impacto ambiental. Assim como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU, o ISLU varia entre 0 (zero – baixo desenvolvimento) e 1 (um – alto desenvolvimento) e analisa os dados oficiais mais recentes disponibilizados pelos próprios municípios no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). O desempenho das cidades é classificado entre ‘muito alto’ (acima de 0,8), ‘alto’ (acima de 0,7), ’médio’ (acima de 0,6), ‘baixo’ (acima de 0,5) e ‘muito baixo’ (abaixo de 0,5).

Entre as cinco regiões do Brasil, o Nordeste é a que possui o pior índice. Sua média geral é de 0,540, inferior ao índice médio nacional, de 0,616. Nesta 3ª edição, o ISLU mostra que das 762 cidades do Nordeste analisadas pelo ISLU, 200 aparecem no nível “muito baixo”; 407 no baixo; 153 no médio e apenas dois alcançaram o ‘alto’. Entre as principais cidades, as melhores notas estão enquadradas no desempenho ‘médio’.

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