A Inflação do Dia dos Pais está mais branda este ano. De acordo com levantamento do economista e coordenador do IPC do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), André Braz, os preços de produtos e serviços mais demandados no Dia dos Pais avançaram em média 2,55%, entre agosto de 2017 e julho de 2018. A alta é menor que a acumulada pelo IPC/FGV, que foi de 4,22% no mesmo período.
Entre os presentes, as quedas mais expressivas ocorreram nos preços de televisores (-6,56%) e celulares (-4%.). Em contrapartida, os relógios ficaram 7,29% mais caros. Já as roupas, escolha junto com acessórios de 72,8% dos entrevistados para presentear os papais, segundo pesquisa da Sondagem do Consumidor do FGV IBRE, sofreram aumento de 2,61%, também abaixo da inflação do período. Para Braz, mesmo que os preços estejam apresentando baixa elevação, o cenário econômico pede cautela.
“As vendas não estão aquecidas. Estamos com baixo crescimento econômico e desemprego alto! Ainda que roupas e calçados não tenham subido muito pela variação acumulada em 12 meses, o consumidor pode economizar mais se ficar atento às promoções de final de inverno”, aconselha o economista.
Entre os serviços, a única queda foi do preço do ingresso de teatro (-14,97%), que puxou o índice para baixo. Os preços dos restaurantes subiram menos que a inflação (2,58%). Nesse segmento, o vilão foi o ingresso para shows, que aumentou, em média, 8,63%. Segundo o economista, a escolha entre presentear ou sair com os pais vai depender do planejamento das famílias e do tipo de presente ou lazer.
“O que vale é o nível de preços. Certos produtos ficaram mais baratos, como as TVs, mas o preço é elevado. Esse tipo de bem requer uma boa economia para ser comprado à vista. Já outros itens ficaram mais caros, mas não oneram tanto o orçamento, quanto o preço de um almoço ou jantar”, analisa Braz.
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