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BNDES VOLTARÁ A INVESTIR EM PARTICIPAÇÕES ACIONÁRIAS

Redação - 13/12/2018 14:35 - Atualizado 13/12/2018

Desde 2015 fora do mercado, a BNDESPar, empresa de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), está de volta ao jogo, sob novas regras. Novos investimentos serão limitados a empresas com faturamento anual entre R$ 90 milhões e R$ 1 bilhão. A exceção serão as ofertas iniciais (IPOs), nas quais o BNDES poderá entrar comprando até 15% do valor levantado, sem limite de faturamento. As regras estão na nova política de subscrição de ações, aprovada nesta semana pela diretoria do banco, anunciou nesta quinta-feira, 13, o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira. Algumas das mais polêmicas operações do BNDES nos governos do PT foram feitas via BNDESPar, como a compra de participação no frigorífico JBS, com o intuito de financiar a internacionalização do grupo.

A partir de agora, segundo Oliveira, o foco será investir em empresas com potencial de crescimento, conteúdo tecnológico relevante, capazes de agregar valor. “O objetivo é levar essas empresas até a listagem na bolsa de valores”, afirmou o presidente do BNDES, em encontro com jornalistas, no Rio. Oliveira procurou marcar a diferença em relação à atuação anterior da BNDESPar. Segundo o executivo, antes, o BNDES entrava em empresas pré-operacionais, grandes empresas, “com valores vultosos”. Pelas novas regras, a BNDESPar focará empresas com “porte médio, médio-grande, com potencial de crescimento”, conforme o conceito de empresa “escalável”.

Além do limite de faturamento, as regras preveem uma participação máxima de 30% no capital das empresas na quais o BNDES vier a investir. A exceção no caso de IPOs tem o objetivo de fomentar as abertura de capital e a listagem de mais empresas na bolsa, segundo Oliveira. Em relação à política de desinvestimentos da carteira atual, as regras que já vinham sendo seguidas pela BNDESPar estão mantidas. Segundo a diretora de Investimento do BNDES, Eliane Lustosa, a ideia é vender as participações em empresas cujo investimento esteja “maduro”, levando em conta tanto o desenvolvimento da companhia como o retorno financeiro do BNDES.

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